Atualmente, é comum pensar que as religiões – em especial, o cristianismo – fazem mais mal que bem à sociedade. Afinal, são elas que sempre causaram guerras e divisão, certo? No entanto, o conhecimento histórico está longe de ser estático. E se houver outra narrativa possível da história da igreja cristã, uma que não se atenha à tradicional equação reducionista "cristianismo = atraso"?
Em Opressores e santos, o professor John Dickson reconta a história do cristianismo, desde sua gênese, em Jesus, passando pelas Cruzadas e pela Inquisição, até chegar ao racismo e ao abuso presentes na igreja de hoje — tanto na tradição católica quanto na protestante. Longe de negar os eventos sombrios e vergonhosos presentes nessa história, Dickson contextualiza esses momentos de desafinação — muitas vezes sequestrados e maximizados por movimentos posteriores — e apresenta também os períodos em que a igreja de Cristo voltou a entoar a melodia de seu salvador.
De forma esperançosa, equilibrada e responsável, Dickson desafia as narrativas atuais e nos convida a olhar com atenção a história de um dos pilares da civilização ocidental.