Toda vida pertence a Deus

Conteúdo do livro

Em contraste com as antigas práticas gregas e romanas, as religiões judaica e cristã proibiam estritamente o assassinato das crianças ainda não nascidas e as recém-nascidas. Esse texto profundo de Erkki Koskenniemi demonstra os motivos que justificam essa nova visão, e parece muito urgente aceitar a dignidade da vida humana hoje, nascida ou não, para oferecer um futuro humanitário para todos nós!

JOSEF SPINDELBÖCK, Universidade de St. Pölten, Áustria.

Ao comparar a antiga visão greco-romana da prática da exposição de crianças com a do mundo judaico-cristão, o autor apresenta um argumento poderoso para a afirmação de que toda a vida humana é sagrada para Deus. Este volume profundamente erudito, mas altamente acessível, é uma contribuição teológica vital, com implicações contemporâneas que vão muito além da questão da própria prática da exposição.

THOMAS G. GUARINO, Seton Hall University, Nova Jersey, Estados Unidos.

Prefácio

PREFÁCIO

Nos últimos anos, publicações renomadas como Le Monde Diplomatique e The Economist apresentaram estatísticas chocantes sobre o Extremo Oriente. Milhões e milhões de bebês do sexo feminino estão desaparecidas: caso lhes tenha sido dado o direito de nascer neste mundo, elas foram mortas logo após o nascimento. As estatísticas mostram que isso acontece da Armênia até a China e Taiwan, entre ricos e pobres, por pessoas de várias religiões. A razão pela qual os pais preferem os meninos às meninas é que, de acordo com um provérbio indiano, eles “não querem regar o jardim do vizinho”: os meninos cuidarão dos pais quando envelhecerem, mas as meninas tornam-se parte de outras famílias, levando consigo uma quantia significativa como dote. Eis a razão pela qual abortos seletivos deram fim à existência de incontáveis meninas: toma-se a decisão com a ajuda de um aparelho de ultrassom barato, ou mesmo com a eliminação após o nascimento. De acordo com o Le Monde Diplomatique (julho de 2006), nascem 126 meninos para cada 100 meninas no Punjab (Índia), e até 138 em Cantão (China). Segundo o The Economist (394/2010), não menos que trinta ou quarenta milhões de meninas terão desaparecido somente na China por volta do ano 2020...

Capítulo de amostra

Prefácio........................................................................................7
Abreviaturas...............................................................................11
1 “Vocês foram rejeitados...”
A prática gentia......................................................................13
2 “Pois tu criaste o mais íntimo do meu ser...”
Textos judaicos..................................................................... 23
3 “Não mate a criança que já nasceu...”
Textos cristãos...................................................................... 37
4 Por que judeus e cristãos não
expunham crianças?............................................................ 59
5 Eles não abandonavam — ou abandonavam?.................... 83
Considerações finais................................................................ 89
Bibliografia ............................................................................... 93