Esta edição da Bíblia reveste-se de um caráter histórico imprescindível e de uma relevância para a Igreja protestante inenarrável. Atualmente exisstem diversa traduções da Bíblia, seja de uma perspectiva mais simples para fácil compreensão, ou com cunho mais etimológico. A Bíblia King James sobressai acima de todas as outras porque foi traduzida pelas maiores autoridades da época, sob a supervisão de um dos maiores homens da monarquia inglesa, o rei James.
As autoridades juntaram para esta tradução linguistas, mestres em etimologia, poetas e biblistas, para lá de uma quantidade considerável de puritanos. O intuito do rei James era apresentar uma Bíblia que não tivesse uma carácter tão fundamentalista, mas que também não fugisse da ortodoxia, sendo acessível ao povo e bem conceituada pelos grandes académicos da época. Destes académicos foram escolhidos cinquenta e quatro estudiosos, sendo quarenta e sete deles em grupos que trabalharam nessa empreitada durante sete anos.
A tradução da Bíblia King James foi terminada e impressa em 1611 por Robert Barker e contou desde o início com grande aceitação por parte dos académicos e eclesiásticos da época. A Bíblia King James foi então autorizada para ser lida nas igrejas de Inglaterra, sendo por este o motivo da sua nomenclatura “Autorizada”. Por ter uma linguagem poética é até hoje lida e estudada com afinco por grandes pensadores do meio religioso, poético e literário, e ferramenta de trabalho de linguistas conceituados, além obviamente de ser a Palavra de Deus e por este motivo trazer palavras de amor, esperança e refrigério aos leitores e cristãos que ultrapassa épocas de 1611 até à atualidade.
Esta tradução da Bíblia é fruto uma tarefa hercúlea empreendida pela editora Hagnos de forma a trazer a King James Clássica (KJC) para o público de língua portuguesa, baseada na renomada KJV. O propósito foi oferecer transparência na tradução, permitindo que a KJV "falasse português" de maneira elegante e clara. Esta iniciativa procura proporcionar aos leitores de língua portuguesa provarem o sabor da elegância e da clareza da aclamada versão inglesa..
A KJC preserva as nuances da KJV, diferenciando-se de traduções consolidadas como a de João Ferreira de Almeida e outras clássicas. A busca por clareza e simplicidade na KJC destaca-se quando comparada a variantes mais antigas de Almeida, mostrando estruturas sintáticas e vocabulares mais simples e diretas.
Esta tradução da Bíblia visa ganhar apreço pela clareza e simplicidade da KJV.. Ao comparar com variantes mais antigas de Almeida, torna-se evidente que a KJC se aproxima, em muitos aspectos, de versões modernas como a Nova Versão Internacional (NVI), proporcionando ao leitor uma experiência única e acessível ao Texto Sagrado.