Conteúdo do livro
Trecho. © Reimpressão autorizada. Todos os direitos reservados
Na introdução à primeira edição desta obra, eu contei aos meus leitores sobre a descoberta do sexo da nossa primeira filha. Para esta nova edição, nada mais apropriado do que contar-lhes a descoberta do sexo do nosso segundo bebê.
Depois de uma traumática experiência no nosso primeiro parto, por quatro anos meu marido e eu não sabíamos se queríamos ter outro filho. Mas quando o Senhor alinhou nossos corações, e um bebê planejado passou a crescer dentro de mim, por milagre da graça divina, eu tinha certeza que seria um menino. Eu não sei por que, mas estava convencida disso, e meu marido também pendia para essa predição. Ao contrário da primeira vez, não tive a paciência de esperar as vinte semanas de praxe para o exame que revelaria o sexo do nosso bebê. Desta vez, joguei minhas teorias conspiratórias pela janela e enviei uma amostra do meu sangue para um laboratório particular.
No dia em que o e-mail chegou com o resultado do exame, eu e meu marido fomos a um restaurante de comida japonesa e, com sushis à nossa frente, abrimos o e-mail com o PDF que seria azul ou rosa. Dissemos em voz alta, uma última vez, o que pensávamos que seria (um menino), e clicamos no link. Para a minha surpresa, a cor que há quatro anos fazia parte da minha vida foi que me encarou de volta na tela do celular ― rosa . O e-mail ainda afirmava, decididamente: “O cromossomo Y NÃO foi detectado em sua amostra de sangue, confirmando que você está carregando uma menina”. Comecei a chorar imediatamente. Não de tristeza, mas de profunda alegria. Não que eu não quisesse um menino. Mas, naquele momento, senti o Senhor sussurrar: É sua nova menininha, Francine, seu pequeno milagre.
Querido leitor, há quatro anos eu escrevia a obra que você tem em mãos, dedicada à minha primeira filha. Em meu escritório, em meio à pandemia, derramei meu coração sobre o que Deus me havia ensinado sobre ser mulher, na esperança de primariamente impactar minha menina algum dia. Mas eu me lembro de também imaginar as minhas conterrâneas, minhas amadas mulheres brasileiras, que a leriam, a discutiriam, e seriam, Deus assim permitindo, encorajadas, abençoadas e, quem sabe, até mesmo curadas através dela. Desde então eu tive o privilégio de conhecer algumas dessas mulheres, ouvir seus relatos e descobrir que Deus de fato tem usado este livro apesar de mim. Mas eu também fui, desde a publicação desta obra, cancelada e criticada. Disseram-me que eu não tinha o direito de dizer que a mulher é necessária para o Reino. Que isso é blasfêmia. As temáticas abordadas aqui, de defesa da mulher, parecem ser ainda mais necessárias hoje do que eram então.
Eu não tenho a pretensão de estar certa sobre tudo o que disse nestas páginas. Mas de uma coisa eu tenho certeza: a mulher é, sim, feita à imagem de Deus. E isso é mais que um conceito teológico, é uma permissão divina para que ela viva ao máximo seu chamado.
Quando você receber este livro, Deus assim permitindo, eu terei em meus braços minhas duas meninas, Vesper e Bianca, minhas razões para continuar bravamente lutando pelo direito da mulher cristã de ser mais do que muitos a tem permitido ser. Não mais do que o homem, mas em pé de igualdade com ele em valor, sendo sua aliada necessária na causa de Cristo.