Henry Nouwen - neste livro que é considerado por muitos como uma das suas melhores obras - situa-se na sustentável crueza do ser: "homem nuclear", frágil, habitado e seduzido. À milenar tentação de contrabandear o ser humano (e o ministério cristão) por conceitos de utilidade e eficácia, Nouwen acrescenta ainda contrafacções que se chamam vitimização, dolorismo e esperança travestida em optimismo ingénuo. Apresenta, em contra-corrente, a fecundidade do reconhecimento das feridas, ou melhor, a compaixão exercida como força ferida. Semeia, por isso, a transcendência na hospitalidade, a esperança na relação autêntica, a cura na comunidade conscientemente ferida.
Um livro a não perder por todos os feridos, por todos os que cuidam, por todos os que, cuidando, querem aprender a transformar as próprias feridas em fonte de cura... do outro e de si mesmo.